Câncer de Próstata

O câncer de próstata, devido à sua alta incidência é um importante problema de saúde masculina. É o câncer mais comum no homem depois do de pele.
O número de homens diagnosticados com câncer prostático permanece elevado. No entanto, atualmente, a sobrevida aumentou dramaticamente. Estima-se que 99% dos homens diagnosticados com câncer de próstata localizado sobrevivem pelo menos cinco anos após o início do tratamento.

O que é a próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino do tamanho de uma noz (ou de um limão pequeno). Se relaciona anatomicamente com as vesiculas seminais, bexiga e reto e secreta um líquido que constitui parte do volume ejaculado.

Quais os fatores de risco?
- Idade
- Tabagismo
- Afrodescêndencia
- História Familiar
- Obesidade

Inicialmente o câncer de próstata não costuma causar sintomas – é ai que mora o perigo! Quando ocorrem, os sintomas abaixo podem denotar doença avançada:
- Dor pélvica
- Micção frequente
- Alterações miccionais com odor, ardência, jato fraco ou retenção urinária
- Sangue na urina ou no sêmen
- Dor ao ejacular
- Dor lombar, no quadril ou nas coxas
- Perda de peso e/ou apetite
- Dor óssea persistente

Como diagnosticar o câncer de próstata?
- PSA
- Exame Digital da Próstata (EDP)
- Ressonância Magnética (RNM)
- Ultrassonografia com biópsia

PSA (Prostate Specific Antigen Test)
A coleta e dosagem do PSA é feita em laboratório. O ideal é que a dosagem do PSA seja feita antes de manipulação da próstata seja pelo exame digital, cateterismo vesical ou qualquer procedimento invasivo do trato urinário. Além disso, o paciente deve abster-se de atividade sexual nos dois dias que antecedem o exame. A ejaculação pode levar a um aumento transitório do PSA por 24-48h.

Quando devo fazer a dosagem do PSA?
A orientação atual da American Urological Association e da Sociedade Brasileira de Urologia, estimula a decisão conjunta entre o paciente e seu médico de quando iniciar o rastreamento do PSA. Cabe lembrar que a dosagem não é recomendada antes dos 40 anos e nem em pacientes com expectativa de vida inferior a 10-15 anos. E o mais importante: nesse processo deve ficar bem claro ao paciente que pode haver o diagnóstico precoce de tumores insignificantes e que não colocariam a vida em risco.

Meu PSA veio elevado. Devo me preocupar?
Acabaram de ser citadas situações em que o PSA pode vir elevado. Dentre elas ainda podemos incluir infecções, hiperplasia benigna, idade avançada. Enfim, já deu para perceber que o PSA somente não é suficiente para afastar a possibilidade da pior das causas: o câncer.

Exame Digital da Próstata (EDP)
Cada médico tem sua maneira mais confortável de realizar o exame que é fácil, rápido e indolor. Recomeda-se ser associado a uma dosagem prévia do PSA. O exame busca detectar alterações de volume, consistência e da anatomia local provocadas por um possível tumor em crescimento.

Ultrassonografia com biópsia da próstata. Quando é preciso?
Se houver alteração no seu rastreamento para câncer de próstata (PSA e/ou EDP), a biópsia está indicada para excluir a possibilidade de câncer (ou infelizmente diagnostica-lo).
O procedimento geralmente dura menos de 20 minutos guiado por ultrassonografia transretal e com sedação. Ou seja, se bem feito o exame, você não lembrará de nada. Os fragmentos são retirados e enviados para o laboratório para análise. Essa análise constuma ser demorada mesmo em grandes centros urbanos.

Hoje existem inúmeras modalidades de tratamento do câncer de próstata e uma boa conversa com o seu urologista vai ajudar a encontrar a maneira que mais se adequa às suas expectativas. Para que o melhor tratamento seja definido, vocês terão que seguir juntos no estadiamento clínico da doença que envolve questões técnicas urológicas e, algumas vezes, realização de novos exames:

- Tomografia Computadorizada
- Ressonância Magnética
- Cintilografia Óssea
- PET Scan

Quais são as opções atuais para tratar o câncer de próstata?

- Observação
- Vigilância ativa
- Prostatectomia radical aberta
- Prostatectomia radical laparoscópica
- Prostatectomia radical laparoscópica robô-assistida
- Prostatectomia perineal
- Radioterapia Externa
- Braquiterapia
- Hormonioterapia
- Crioablação
- Hi-Fu

É na cirurgia dos órgãos pélvicos (como a próstata) que a robótica chegou para fazer a diferença. Com essa técnica, conseguimos:

- Movimentos cirúrgicos mais precisos.
- Menos dor no pós-operatório.
- Menor sangramento.
- Melhor visualização dos nervos importantes para a manutenção da continência urinária e da ereção no homem.
- Menor tempo de internação.
- Menor risco de transfusões sanguíneas.
- Retorno mais rápido às atividades físicas e profissionais.
- Menor impacto estético com incisões pequenas.
- Posição mais confortável para o cirurgião.