Câncer de Testículo

É o câncer exclusivo dos homens e é o mais comum entre os 15 e 34 anos de vida. Apesar de assustadora, é um dos cânceres com maior potencial de cura com as técnicas atuais da medicina.

Os fatores de risco são:
- Criptorquidismo (quando o testículo não vai para sua posição normal na bolsa após o nascimento)
- Hipospadia (alteração do desenvolvimento da uretra)
- História familiar de câncer de testículo

Se apresenta como nódulo no testículo que cresce sem dor. Como a dor está presente em cerca de 25% dos casos apenas, o diagnóstico geralmente acontece em estágios mais tardios da doença.

Exames de sangue com pesquisa de marcadores de atividade tumoral para o testículo. São eles:
- alfafetoproteína
- beta-hcG (sim, exame de gravidez das mulheres)
- fosfatase alcalina
- LDH

A ultrassonografia é fundamental para a análise do testículo, principalmente naquelas lesões que são no interior do órgão – o que dificulta a palpação do exame físico. O exame é importante para determinar se a lesão está dentro ou fora do testículo, se tem fluxo aumentado de sangue ou não e para avaliar se o outro testículo está sadio.
A tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o PET-scan podem ser importantes para avaliar a possibilidade de metástases (quando a doença se espalha pelo corpo).
Não se costuma fazer biópsia do testículo pois os achados no exame clínico e nos de imagem costumam ser bem caraterísticos.

O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado por cirurgia aberta com incisão na região inguinal. Com essa incisão, além de viabilizar a retirada órgão e o cordão inguinal, é possível o implante de uma prótese de silicone que reestabelece imediatamente a estética local.
Quimioterapia e radioterapia podem ser necessárias como complemento do tratamento em alguns casos.

Apesar do tratamento do câncer de testículo ser realizado por abertura na região da virilha, não é rara a ocorrência de metástases para a região do abdome. Caso o tratamento dessas lesões não seja possível por quimioterapia ou radioterapia, a retirada cirúrgica pode se fazer necessária. Nesse cenário, as vantagens da cirurgia robótica são:

- Movimentos cirúrgicos mais precisos.
- Menos dor no pós-operatório.
- Menor sangramento.
- Melhor visualização dos nervos importantes para a manutenção do controle esfincteriano anal e do comportamento da bexiga.
- Menor tempo de internação.
- Menor risco de transfusões sanguíneas.
- Retorno mais rápido às atividades físicas e profissionais.
- Menor impacto estético com incisões pequenas.
- Posição mais confortável para o cirurgião.